QUANDO O ESPÍRITO BENFIQUISTA PREVALECE, NÃO HÁ DERROTA, CORRUPTO, MERCENÁRIO OU ARRUACEIRO QUE O CONSIGA APAGAR OU FAZER REGREDIR.
BENFIQUISMO É ESTADO DE ALMA SEM DEFINIÇÃO, PRIVILÉGIO DOS PUROS!

sábado, 6 de setembro de 2008

RUI CARATXANA SAI DA CASCA

Sociedade (quase) Secreta

No final da época passada, um coca-bichinhos que se desse ao trabalho de olhar para a classificação dos 25 árbitros de futebol de 1ª categoria descobriria, espantado, que entre o 1º classificado (Jorge Sousa, do Porto) e o 25º e último (J. Vilas Boas, de Braga) a diferença era de apenas 0,267 pontos. Jorge Sousa, o 1º classificado dessa maratona dos homens do apito ao longo de 30 jornadas, obteve o total de 3,726 pontos, apenas mais 0,006 que o 2º e mais 0,267 que o último, o já citado homem de Braga (que até seria despromovido e já se demitiu), que obteve nada menos de 3,459 pontos. Ou seja, entre o 1º e o último houve umadiferençade somente 0,267 pontos! Que significado terão estes números tão artificialmente próximos e levados ao milésimo? O que haverá por detrás destas cifras ridículas senão uma forma de manipular as classificações dos árbitros por parte de quem os dirige? Como e quem é que classifica os árbitros deste país?
Os árbitros de futebol gostam de ser chamados de ‘juízes’ (talvez por isso imitem os juízes verdadeiros) e vivem, de facto, num sistema de totalauto-regulação.Sãoeles quem se classifica, se premeia ou se pune (muito raramente), não são avaliados nem escrutinados senão por si próprios. A subjectividade é outro traço do sistema. Começa logo com as classificações, aparentemente baseadas nas pontuações que lhes são dadas pelos observadores, segundo uma tabela de critérios (‘Regulamento de Arbitragem’, época 2008/09):

1. Pontuações atribuídas com base nos relatórios dos observadores, depois de corrigidas pelos respectivos coeficientes (ou seja, a nota de cada observador é condicionada por um coeficiente pessoal, arbitrário, fixado pela omnipresente Comissão de Arbitragem (CA);

2. Grau de dificuldade de cada jogo (mais um factor arbitrário e subjectivo a atribuir pela CA);

3. Pontuações de duas provas escritas e dois testes físicos prestados pelos árbitros (para ‘inglês ver’).

Ora, os 25 árbitros da 1ª categoria vão ser nesta época pontuados por 34 observadores, entre os quais, curiosamente, não se vê nenhum nome com algum relevo na arbitragem; mas, entre ‘cunhas’ de observados e ‘afilhados’ de pessoas influentes, saltam à vista pelo apelido primos e irmãos de árbitros e ex-árbitros. Tudo em família.
O papa deste pequeno universo é um senhor simpático, bem-falante e fotogénico chamado Vítor Pereira que, na última AG da Liga, aumentou ainda mais os seus poderes, graças à habitual ‘distracção’ dos clubes, que se esquecem de que a simples decisão de um árbitro lhes poder ‘dar’ ou ‘levar’ dez milhões de euros numa só época. E votaram o que ele queria. Voltarei ao assunto.

P.S.- NO COMMENTS!!!

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