O AMANTE DE "SAFARIS"
Um certo amante de "safaris", numa das suas muitas viagens a Angola, "adquiriu" à margem da lei alfandegária daquele país três dentes de elefante destinados a fazerem parte da sua pseudo-colecção pessoal, sonegando os devidos impostos a que aquelas peças estão sujeitas em todo o mundo e, assim, arrecadando uns milhares dos muitos existentes em contas pessoais espalhadas em "offshores" no Caribe e na Suiça.
Não fosse o contratempo na alfandega de Pedras Rubras, as três preciosas peças estariam em seu poder ou não, dependendo do destino que lhes iria dar.
O caso conta-se em poucas palavras:
A caixa contendo os três dentes foi confiscada pelos serviços de alfândega em Pedras Rubras e o tal amante de "safaris", apanhado em flagrante, negou que a caixa fosse de sua pertença tendo declarado desconhecer por completo o respectivo remetente.
Vejamos o que falhou: o amante de "safaris", exímo em compadrios, actos corruptos e contrabando de influências, conseguiu subornar, por anticipação, no interior da alfândega, o funcionário ou inspector que estaria de serviço na data do voo proveniente de Luanda para facilitar o "despacho" da encomenda. Azar! O funcionário subornado foi substituido por súbita indisposição de saúde e a "operação" foi abruptamente abortada.
Mas a "historia" teve mais capitulos.Havia que silenciar o funcionário faltoso e subornado porque era eminente o perigo de poder dar com a lingua nos dentes. Assim, em conluio com o respectivo chefe, foi cozinhado um inquérito disciplinar que resultou no afastamento do dito de todo o serviço. Com a ajuda de um advogado afecto ao grupo de amizades do amante de "safaris", foi logrado um acordo "insuspeito" para que o seu "cliente" não fosse lesado.
RESULTADO: O funcionário em questão recebeu uma indemnização (paga por alguém que até hoje não se descobriu, mas adivinha-se) e passou à reforma antecipada com direito a todas as regalias como se de reforma real e total se tratasse.
E assim funciona impunemente o reino do amante de "safaris".
Não fosse o contratempo na alfandega de Pedras Rubras, as três preciosas peças estariam em seu poder ou não, dependendo do destino que lhes iria dar.
O caso conta-se em poucas palavras:
A caixa contendo os três dentes foi confiscada pelos serviços de alfândega em Pedras Rubras e o tal amante de "safaris", apanhado em flagrante, negou que a caixa fosse de sua pertença tendo declarado desconhecer por completo o respectivo remetente.
Vejamos o que falhou: o amante de "safaris", exímo em compadrios, actos corruptos e contrabando de influências, conseguiu subornar, por anticipação, no interior da alfândega, o funcionário ou inspector que estaria de serviço na data do voo proveniente de Luanda para facilitar o "despacho" da encomenda. Azar! O funcionário subornado foi substituido por súbita indisposição de saúde e a "operação" foi abruptamente abortada.
Mas a "historia" teve mais capitulos.Havia que silenciar o funcionário faltoso e subornado porque era eminente o perigo de poder dar com a lingua nos dentes. Assim, em conluio com o respectivo chefe, foi cozinhado um inquérito disciplinar que resultou no afastamento do dito de todo o serviço. Com a ajuda de um advogado afecto ao grupo de amizades do amante de "safaris", foi logrado um acordo "insuspeito" para que o seu "cliente" não fosse lesado.
RESULTADO: O funcionário em questão recebeu uma indemnização (paga por alguém que até hoje não se descobriu, mas adivinha-se) e passou à reforma antecipada com direito a todas as regalias como se de reforma real e total se tratasse.
E assim funciona impunemente o reino do amante de "safaris".
Sem comentários:
Enviar um comentário