Limpeza geral e forte
É coisa há muito esperada
Na rusga de grande porte
Poucos vão ter escapada
A quadrilha foi detectada
Mas ainda não está completa
Com uma limpeza aturada
Há muitos que…etc., etc.
Eles estão em todo o lado
Manobrando com toda a certeza
Mas quando o caldo entornado
De nada lhes vale a esperteza
Deputados, chulos, engajadores
Artistas, juízes, aldrabões
Árbitros, dirigentes, governadores
Que grande quadrilha de ladrões
Estão a aumentar as listas
Com gente da fina flôr
Mafiosos, pulhas e vigaristas
Serão chamados a depôr
Não se esquecem Pintos e Loureiros
Que vislumbram já o cenário
Põem reforço nos cueiros
P’ra poderem subir o calvário
A alguns caem papadas
Os reinados estão no fim
Foram tantas as argoladas
Cobertas de ouro, até marfim
Todos eles estão ligados
E há grande esforço a fazer
Com Coelho e Cavaco algemados
Justiça vai prevalecer
Até o Otelo aborda
Este e outros futebóis
Ele sabe se o Povo acorda
Não se importa com cachecóis
E a festa está no princípio
Há foguetes para estalar
Ao abrir-se o precipício
Muitos à pildra vão parar
A rezar está muita gente
E à santinha põe a vela
Quer chova, faça sol ou vente
Vai ter fim a grande novela
3 comentários:
Sim senhor, está nos trinques. Diz tudo o que se passa agora em verso, estilo mais de acordo com a época natalícia e que é mais uma das estrelas do criticismo corrosivo e certeiro do Benfiquismo do caro Joseph Lemos.
Boas entradas.
Boas quadras. E bom seria se se tornassem realidade.
grande poeta
é o autor
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