domingo, 25 de agosto de 2013
PINTO DA COSTA: PJ investiga ligações de imobiliária a prostitutas
A imobiliária de Cedofeita, de que Pinto da Costa é sócio maioritário e que foi alvo de buscas na semana passada, terá sido usada para a compra e venda de imóveis que alojavam prostitutas que se encontravam temporariamente no nosso país.
A denúncia de Carolina Salgado, feita em meados no ano passado, foi considerada credível pela equipa de investigadores liderada por Maria José Morgado que agora analisa à lupa a documentação apreendida na referida empresa.
O CM sabe que os contratos feitos nos últimos anos e as negociações envolvendo a Imobiliária foram apreendidos e os investigadores enviaram-nos para os peritos financeiros. O objectivo é verificar se eram negócios reais e qual o destino das vendas e arrendamento dos imóveis.
Além das suspeitas de branqueamento, a PJ investiga um possível crime de lenocínio, onde poderão estar envolvidos os restantes sócios da empresa – Adelino Caldeira, Reinaldo Teles e o irmão Joaquim Pinheiro.
PINTO DA COSTA PAGA
Ontem de manhã, Pinto da Costa e a ex-companheira Carolina Salgado cruzaram-se no Tribunal do Trabalho de Vila Nova de Gaia. A audiência visou a elaboração de um acordo em que o presidente do FCP foi aconselhado a pagar, na hora, três mil euros para evitar uma ida a julgamento.
A acção ganha ontem por Carolina Salgado tinha sido interposta após a separação do casal, altura em que Pinto da Costa deixou de lhe pagar os salários e subsídios de férias e Natal a que tinha direito. Carolina trabalhou na Imobiliária de Cedofeita como vendedora entre 2005 e 2006. O CM soube que Pinto da Costa não queria pagar um cêntimo a Carolina, mas, como existia o risco de vir a pagar uma quantia mais elevada, acabou por ceder à proposta feita pelo juiz.
JUIZ DO 'APITO' PEDE RELATÓRIOS
O juiz-presidente do julgamento do ‘Apito Dourado’ quer saber quais eram as normas de nomeação de árbitros na época 2003/04 e por isso solicitou à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) o respectivo documento oficial.
"Há vários arguidos acusados de violar estas normas, mas elas não existem no processo", sustentou Carneiro da Silva. O juiz solicitou também à FPF o relatório do jogo Lousada-Gondomar, de 2003/04, elaborado pelo assessor de arbitragem João Mesquita, acusado de ter atribuído uma nota ao co-arguido e árbitro António Eustáquio a pedido do arguido Luís Nunes, ex-membro do Conselho de Arbitragem (CA).
Ontem, o deputado europeu do PSD, Silva Peneda, testemunhou doze minutos em defesa do arguido Pinto de Sousa, acusado no processo de 26 crimes. "Ele é um bom exemplo de cidadania", disse o deputado sobre o ex-presidente do CA da Federação. Na sessão, algumas testemunhas de Defesa dos arguidos João Macedo e Ricardo Pinto foram confrontados com escutas telefónicas que no processo comprometem a integridade destes dois árbitros.
CASO PORTO-ESTRELA PARADO NO TIC
A instrução do caso FC Porto/Estrela da Amadora, o primeiro processo a ser reaberto pela equipa de Maria José Morgado e também o primeiro a ter acusação pública, está parado desde 27 de Fevereiro. Foi essa a data da última diligência, altura em que Carolina Salgado foi inquirida pelo juiz Artur Guimarães. Depois disso, não houve qualquer diligência visível.
Desconhece-se quando será marcado o debate instrutório ou sequer se o juiz irá requerer qualquer outra diligência.
Ana Salgado, que foi usada como "trunfo" na abertura de instrução por Pinto da Costa – que chegou a sugerir uma acareação entre as duas irmãs para verificar quem seria mais credível –, também faltou à diligência e acabou por ser dispensada pela Defesa. Tudo indica que não será ouvida.
MADEIRA À ESPERA DE DECISÃO
A instrução que está a correr no Tribunal do Funchal, na Madeira, e que diz respeito ao jogo Nacional-Benfica, que terminou com a vitória dos insulares por 3-2, ainda está atrasada. Não foi igualmente marcado debate instrutório, nem é previsível qualquer data para o mesmo ocorrer.
Nesse processo, Pinto da Costa foi também acusado de corrupção activa, sendo Augusto Duarte, ainda na 1.ª categoria, o árbitro sob suspeita.
O Ministério Público defende que Augusto Duarte beneficiou o Nacional, em detrimento do Benfica, sendo os alvos de tal ‘benesse’ Rui Alves, presidente daquele clube, e Pinto da Costa, o directo rival dos encarnados naquele momento do campeonato.
António Araújo, então empresário de futebol, teria sido o intermediário da negociação, tendo garantido a Rui Alves que Pinto da Costa estaria satisfeito com a vitória do seu clube. A Acusação foi deduzida pelo MP do Funchal.
PORMENORES
Proposta
O advogado de Pinto da Costa, Lourenço Pinto, propôs à advogada de Carolina Salgado que esta desistisse da acção no Tribunal do Trabalho. Em troca pagar-lhe-ia o valor acordado entre os dois. Raquel Dantas recusou a proposta do colega.
Paga custas
Todas as custas judiciárias relativas à acção de Carolina Salgado contra Pinto da Costa vão ser pagas na totalidade pela Imobiliária de que é sócio maioritário. O presidente do FCP tinha ao início mostrado inflexibilidade em fazer o acordo.
Justa causa
Pouco depois de verificar que Pinto da Costa não procedia ao pagamento do salário, Carolina Salgado cessou o contrato de trabalho alegando justa causa. Mais tarde avançou com uma acção emergente em que exigia cerca de seis mil euros.
POBRE CLUBE!
POBRE REGIÃO!
ESTÚPIDOS ADEPTOS QUE TAL CRIMINOSO PROTEGEM!
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