Mas que vida atribulada
Ainda mando tudo às
malvas
Os matraquilhos não
jogam nada
Nem me respeitam as
nalgas
Compro gato digo que é
lebre
Ponho as clausulas lá no
alto
Oxalá que não se quebre
A minha bilha no
asfalto
Não sei o que será de
mim
Nem onde me vim meter
O melhor é fazer
chinfrim
Eu já sinto a peida a
arder
Puxa tudo pró mesmo
lado
O Proença foi um vilão
Estava tudo cozinhado
Este árbitro é aldrabão
E o Vitinho diz-se
lagarto
Que se ponha a pau
então
De cantigas já eu estou
farto
E não ganho ao lampião
Estava tudo tão
certinho
E não sei o que se
passou
Marcaram logo cedinho
E o leão todo abanou
O rabo ficou sem pêlo
E a juba logo murchou
Deu em trocar o
canêlo
Mas o Artur bem ajudou
Mesmo assim estou lixado
Anda tudo em
pé-de-guerra
Nunca me vi tão apertado
Terei de fugir p´rá Inglaterra
Mas antes me queixo ao
peidoso
Que dá cartas na
Federação
Talvêz o velho baboso
Me arranje a solução
Nem que tenha de dar
as nalgas
P´ra sair da enrascada
Convido-o para um
arrôz de algas
E depois a mariscada
Mas se a coisa não der
certa
Vou rapar o fundo ao tacho
É que o cinto aperta
aperta
Mas que grande
berbicacho
O jogo era p´ra ganhar
E aliviar a situação
Assim vou ter de gamar
Se eu não for o
campeão
Bancos e fundos já
fecharam
As torneiras de supetão
E sem dó já cancelaram
Até as contas com
perdão
E para maior aflição
Ninguém compra matraquilhos
Vão-me atirar p´lo portão
Pegado pelos fundilhos
Óh como estou desolado
O bater de nalgas
explica
É que o nosso
campeonato
Era ganhar ao Benfica
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