O Benfiquismo medíocre de Carvalho
“Nem todo o que diz, senhor, senhor, entrará no reino
dos céus”.
Nem todo o jurador do Benfiquismo pertencerá ao Reino
da Águia Altiva, Insubmissa e Gloriosa!
Não basta o farisaísmo de Carvalho, punho fechado
batendo no peito e bradando que paga o dízimo, para que a Águia
Altaneira o purifique!
O Benfiquismo vive-se!
O Benfiquismo não se papagueia!
A Águia Gloriosa não se apedreja!
A mediocridade plasma-se, desde início, na contradição
reincidente. Jura-se que não se vai «tecer quaisquer comentários», mas
logo se assenhoreia da «…única observação…»
Depois, cumpre-se a promessa como se pode comprovar:
«…a total apatia e indiferença dos jogadores do
Benfica…»
«…esse alheamento dos jogadores do Benfica não é
problema novo…»
«…vimos um Benfica a ser esmagado na segunda parte…»
«…é lamentável que praticamente não haja diferença
entre esse Benfica de Chalana e o Benfica do passado sábado...»
«…este ano tivemos muito mais sorte…»
«…é pena constatar que passou mais um ano, mas as
coisas no Benfica continuam na mesma…»
«…mesmo um Sporting fraquinho chegou para ganhar,
com facilidade, ao Benfica....»
Aproveito o interlúdio apenas para referir que,
sendo o Sporting fraquinho, deu 4-1 a estrelas do FCP que
custaram mais de 25 milhões, FCP que só não perdeu com o Benfica porque jogou
com a benemerência do árbitro.
Adaptando o mesmo raciocínio (medíocre), o FCP ainda é
mais fraquinho do que o Sporting. Tem é mais trunfos, como aquele que
lhe foi oferecido no jogo contra o Benfica.
Voltando às contradições, é evidente que há muitas
mais no escrito de Carvalho, de resto, bastantes já enumeradas nos comentários
ao seu arrazoado e que não merecem mais atenção. Deixo apenas um complemento
bem ajustado à mediocridade do seu benfiquismo:
«…sinceramente, não me deixa nada feliz se formos
campeões de basquetebol, de andebol, de voleibol, de hóquei em patins ou de
futsal…»
Não se pense que a contradição revelada nesta frase
abrange a “sinceridade” da sua “felicidade”! Nada disso!
A contradição plasma-se na presunção de Carvalho em
tentar fazer com que os Benfiquistas acreditem que ele ficaria
“sinceramente” feliz com uma vitória, qualquer que ela fosse, do
Benfica!
O benfiquismo de Carvalho também é medíocre na
mistificação da história.
Carvalho escolhe a década no início da qual o Benfica
saiu do coma em que o prostraram na última metade da década anterior!
Carvalho escolhe a década em que o Benfica iniciou a
sua convalescença!
Carvalho vai em busca da década em que se iniciou a
reabilitação mais dolorosa do Benfica enquanto Instituição Gloriosa!
O benfiquismo de Carvalho é de uma mediocridade
cínica!
Onde estava Carvalho quando o Benfica estava
moribundo?
Que ajuda prestou Carvalho na luta contra a morte do
Benfica, na sua convalescença e na sua reabilitação?
O benfiquismo de Carvalho está também presente, e bem, na mistificação dos
números.
Carvalho mistificou esses números, quando afirmou
falsamente que a olivedesportos paga 9,2 milhões de euros pelos jogos do
Benfica na Liga, quando só paga 7,5 milhões de euro ano. E com todo o despudor,
mistificou e justificou esses números com uma notícia do Futebol Finance
que não noticiava nada disso!
A Carvalho não lhe interessa dizer que o Benfica é o
clube que tem mais títulos, nomeadamente, em basquetebol e em hóquei em patins!
A Carvalho não interessa mencionar que o Benfica tem 4
títulos em futsal, disputando sete campeonatos da categoria, e que o Sporting
tem os mesmo 4 títulos mas disputando 10 campeonatos, salvo erro ou omissão!
Abraham Lincoln definiu exemplarmente o direito à
crítica numa frase – aliás, que também consta de um glorioso blogue Benfiquista
– bem paradigmática, relevante e mais do que nunca apropriada à realidade do
nosso tempo:
«Só tem o direito de criticar aquele que
pretende ajudar»
A democracia é a essência do Benfica.
Democracia é liberdade e responsabilidade!
A crítica é um direito e um dever!
A crítica tem lugar, momento, e forma!
A crítica é boa-fé!
A boa-fé exige lealdade, zelo, consideração pelos
interesses da outra parte!
A crítica é boa-fé que impõe muitas vezes abstenção e
não acção!
A crítica é uma regra de conduta!
A crítica é verdade e objectividade!
A crítica impõe a apresentação de soluções
alternativas!
A crítica não é mistificação e má-fé!
O benfiquismo medíocre de Carvalho não critica!
O benfiquismo medíocre de Carvalho é só
maledicência!
Quem leu a crónica de MST esta semana em A Bola,
só pode pensar que um confesso e fanático “portista”, cuja existência
croniqueira se alimenta apenas de falar mal do Benfica, é um angélico pacóvio
comparado com este escriba que obscenamente se intitula de benfiquista!
O Benfica suportou, durante alguns anos, a papagaiada
de certos benfiquistas ressabiados, que pouco tinham feito pela cura de um
Benfica moribundo e pouco se propunham fazer!
Mas tinham feito, ou tentado fazer, alguma coisa!
De Carvalho, nem isso consta!
"Arquivo Especial"
NOTA: Os textos transcritos do "Arquivo Especial" (alguns publicados à algum tempo e não perdendo actualidade) provêm de autores diversos e fruto de pesquisas efectuadas em blogs, forums, jornais, magazines etc..
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