QUANDO O ESPÍRITO BENFIQUISTA PREVALECE, NÃO HÁ DERROTA, CORRUPTO, MERCENÁRIO OU ARRUACEIRO QUE O CONSIGA APAGAR OU FAZER REGREDIR.
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sábado, 20 de dezembro de 2014

PALHAÇADA LAGARTEIRA...JÁ VEM DE LONGE!



Dias da Cunha, o novel Pintor

Há uns tempos atrás, Dias da Cunha fazia de conta que barafustava contra o sistema. O sistema era, então, a sua ocupação e a sua perdição. E o sistema fez-lhe a vontade, inventou e reinventou penalties sobre penalties, premiou artísticas cambalhotas, assim conseguindo fazer do seu clube campeão do futebol caseiro.
Era só cortina de fumo. Toda a gente sabia, de facto, que o seu barafuste não era contra o sistema, que do sistema faz parte depois que se tomou de amores por lições de seu alegado douto professor, o obreiro mor do mesmo sistema e a sua personificação mais emblemática. Dias da Cunha barafustava contra o anti-sistema, o anti-sistema que lutava para erradicar a “sistemática” sujeira, que atolava o futebol indígena, e desinfectar a conspurcação reinante.

Numa fase mais recente, Dias da Cunha virou contabilista e cavaleiro pintor das contas. Na sua (até então, inédita) novel feição, agarra sua tela e enche seus pincéis de tinta! À data, porém, usa só tintas claras … e tintas escuras para o contraste desejado! As claras, clarinhas, para pincelar suas castíssimas donzelas, as contas da sua amada (e falida) sad, sem esquecer as de seu dilecto professor. As escuras, bem negras, para tentar borratar as da sua inimiga de estimação, a Águia altaneira.
O contraste é a essência da arte do pintor, em especial do novel pintor Dias da Cunha que, antes de ser sportinguista é, em primeiro lugar, figadal anti-benfiquista. É por isso que, em vez de cuidar do seu quintal, que bem precisado está, “preocupa-se” apenas com o quintal do vizinho, numa miradela de inveja entranhada. E vai borratando, vai borratando … e a caravana a passar, indiferente! …

Na sua fase mais contemporânea, Dias da Cunha nem já arte pictórica tem para falar de tintas e tintas, já não se importa com as cores com que pintalga as suas contas! Agora, já só fala em pintar, em pintar as contas! Não as dele, que nem precisam, tão atoladas no vermelho da falência se encontram! Dias da Cunha, novel pintor, já não descortina tons, tonalidades, matizes, cores, coloridos e outros que tais! Ou descortina, e bem, mas não quer dizer! Agora, já só quer falar de contas pintadas e repintadas ... pelos outros, como afirma! E pintadas, ao que parece, de tons que não agradam à sua (cada vez mais desbotada) sensibilidade artística!
Não obstante (por pudor, está claro, e por supliciante e insuportável sofredura), omite as cores, as verdadeiras cores que pintam as contas, as suas contas, não as contas que sua sapiência imagina no seu eterno e insuportável rival! Compreende-se! Imagine-se só o incomensurável padecer de Dias da Cunha ao ver que, por mais artísticos que sejam os seus borratões, as suas idolatradas contas estão todas esborratadas, sim, mas de encarnado vivo! Não apenas sarapintadas, mas esborratadas de vermelhão carregado e recarregado da falência evidente e há muito anunciada mas sempre perdoada pelos poderes públicos! Há que tempos que elas se pintaram e repintaram de vermelho e do vermelho vermelhão não querem sair!

Para que a mágoa de Dias da Cunha seja a dobrar, também as contas de seu adulado professor se mantêm carregadas de vermelhão igual ao das suas próprias, coisa igualmente costumeira. Repare-se que, ainda agora, no balanço dos últimos seis meses de 2002, o buraco vermelhão que as contas lá do norte cavaram, só neste período, já atinge a notável profundidade de quase 20 milhões! As (magrinhas, à altura do amo) receitas já nem os salários dos jogadores pagam, carago! É só vermelho, vermelho e mais vermelho no reino de quem tanto odeia o vermelho!
Por contraste, o verdadeiro contraste dos não menos verdadeiros artistas – irmandade a que Dias da Cunha não pertence, naturalmente! - as contas do seu odiado rival, apesar das figas artisticamente pinceladas de Dias da Cunha, tendem a querer situar-se no verde. Aquele vermelho (o único vermelho não desejado pela Águia vencedora) que tanto as sarapintou nos últimos anos está a esbater-se fortemente, segura e firmemente. Mais uma dor insuportável para Dias da Cunha, novel pintor, cuja (falta de) arte não consegue pintar as contas à sua medida e desejo!

Dias da Cunha, novel pintor de contas, observa compungido as lamentações, tão doridas quanto as suas, de seu professor. Amargurado, escuta seus repetidos impropérios lamurientos contra as televisões, que nem de graça querem transmitir os seus jogos uefeiros! Nem aquela, paga do nosso bolso, que tanto a seus pés dobra os costados e faz salamaleques! Em contraste, todas elas se atropelam na disputa da transmissão de uma simples festa musical e dos meros jogos amigáveis do seu (deles) odiado rival!
Estas disputas estão reservadas só para o reino dos grandes, senhor novel pintor das contas! É concorrência desleal? Talvez seja, mas quem é que liga aos pequenos?!
Nem todos conseguem contratos milionários para pintar as contas da cor que desejam, é verdade! Mas isso também só está reservado aos grandes! É concorrência desleal?! Talvez seja, mas quem é que liga aos pequenos?!

Dias da Cunha, novel pintor das contas, bem que podia consolar suas mágoas com as mágoas iguais de seu confessado professor e deixar o Benfica tão em paz quanto ele o deixa!
E, para não esborratar ainda mais de vermelho suas contas, não devia perder tempo com tanta carpidura, ou gastar dinheiro na contratação de outras carpideiras que lhe pintalguem o coro! Por mais lágrimas que todos consigam carpir, não conseguem desbotar, o mais leve que seja, a endémica tendência para o vermelho cada vez mais vermelhão que pinta e repinta as suas contas e as de seu dito professor!
Após tantos e tão grandes buracos no mais profundo encarnado, uma costumeira tão fidelíssima por anos e anos de vermelhidão, Dias da Cunha, novel pintor de contas, já devia estar acostumado a tanto vermelho … e conformar-se com o destino!

Depois, nem todos podem ser Picassos! …

"Arquivo Especial"

NOTA: Os textos transcritos do "Arquivo Especial" (alguns publicados à algum tempo e não perdendo actualidade) provêm de autores diversos e fruto de pesquisas efectuadas em blogs, forums, jornais, magazines etc..

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