É verdade, estou de volta embora ainda não a 100%, mas estou de volta!
Ao partir para um pequeno interregno, prometi que não iria deixar em paz alguns "animais de estimação", e não vou! Acabei de chegar e há que preparar o "prato sem esquecer a sobremesa".
Antes que aconteça e, pertinentemente, vou honrar o regresso à actividade com a transcrição, na íntegra, do último post do companheiro Guachos Vermelhos que, aliás, sempre atento, não deixa passar absolutamente nada que macule a verdade desportiva e em especial o nosso Glorioso Benfica, de tal modo, claro e contundente, sem a necessidade de produzir "entrelinhas".
Quando escreve é directo e sem rodriguinhos. Vai directo ao âmago da questão, sem papas na língua e chamando os bois pelo nome. Não importa se se trata do "sistema", dos poderes instalados ou a talibanada. Nada passa no crivo! E a FPF, também não passou nem passará, estou seguro.
Federação reles e mesquinha - às ordens dos interesses instalados.
O futebol português está nas mãos de Jorge Mendes, Ronaldo e da sua legião de vassalos. A dupla Mendes/Ronaldo caga de bem alto para todos e todos lhe fazem as vontades. E a federação e os clubes (sim, também o Benfica) vão todos comer-lhes à mão. A não ser assim, como é que se compreende terem-se lembrado de conspurcar a imagem de Eusébio precisamente na semana que assinalava um ano após a sua morte? Demasiado reles os promotores da ideia. A capa de ontem do pasquim do serpa diz tudo em relação à subserviência do país futebolístico à dupla que o domina e controla.
Para quem não sabe, Eusébio ganhou todos os seus títulos e prémios jogando por um clube português, numa altura em que quase não havia televisão e não havia promotores de imagem que transformam peidos em flores e gays em autênticos garanhões. Não haviam 3 jogos por semana, promovidos, vistos e revistos em todo o mundo e os adeptos dessa altura ou iam ao estádio ou só pela rádio tinham acesso às façanhas dos seus ídolos. Numa altura que em Portugal eram poucos os que tinham acesso à rádio, e televisão...só de ouvir falar!
Eusébio não tinha a máquina galáctica do Real Madrid a promover-lhe a imagem e não tinha o melhor empresário do mundo a vendê-la. Vivia num país pobre, na periferia da Europa, atrás do sol posto; no cú do Mundo. Um país que só ficou conhecido porque ele, EUSÉBIO, foi capaz de o pôr no mapa, com toda a sua classe inigualável, que fez dele um ídolo mundial; o país que agora o esquece e que humilha a sua memória. Sem ajudas de ninguém, sem precisar que lhe lavassem a imagem, casou com uma mulher, fez filhos (filhas) como os demais mortais, cometeu erros, pecados, falhou golos feitos, marcou golos impossíveis, ganhou títulos, troféus, prémios e honrarias...e esperou que lhe fizessem uma estátua...um verdadeiro ídolo.
Sujeitar Eusébio a uma votação on-line onde a esmagadora maioria dos votantes nunca o viram jogar, concorrendo com um jogador a quem todos os dias vendem a imagem de melhor jogador do Mundo, é no mínimo reles e cobarde. Um asco de gente, aquela cambada que gere a federação. Basta ver as escolhas do melhor onze (do século deles) para melhor o entendermos. Ou não percebem nada de bola, (muito provável) ou são todos uns canalhas (mais provável ainda) castrados das ideias.
Não está em causa, pelo menos para mim, quem é ou quem foi o melhor português, até porque não tenho a mínima duvida. Essa é uma questão que vai ser sempre discutida por todos os que nunca viram jogar Eusébio e por todos os que se sentem felizes porque podem - finalmente - desvalorizar os seus e os feitos do Benfica. É triste mas é legitimo. Não é isso que está em causa. O que me enoja é forma como o estão a fazer; reles e mesquinha - sem pudor.
PORRADA NELES, COMPANHEIRO!
Sem comentários:
Enviar um comentário